segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Chuva

Não me canso de ouvir o som da chuva
Me acalma, me consola, me ampara
Penso no ciclo dos pingos
Antes [juntos]
Durante s-e-p-a-r-a-d-o-s
No final re-agrupados...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Seu olhar

Prometo não te notar
Mas para que me enganar?
Se basta você aparecer
Para que meu sorriso volte a acontecer
E é nesse momento que a magia surge no ar
O meu coração começa a disparar
E quando nossos olhares voltam a se cruzar
O mundo parece parar
E eu não consigo desviar
O meu olhar do seu olhar

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Contradição

Palavras certas ditas por pessoas erradas
Pena que na minha vida seja uma regra e não exceção...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

PC

Como posso viver sem você?
Você é o último que vejo antes de dormir e o primeiro que vejo ao me levantar
Você é o guardião dos meus segredos mais profundos
Sabe absurdamente tudo sobre mim
Nossa relação passou do profissional
Me arrisco a dizer que beira o sexual
De tão íntimo e pessoal
Você é máquina por fabricação
Já eu me tornei máquina devido à pressão
E agora eu me pergunto como sair dessa situação?
Ficar sem você está fora de cogitação...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Torre

                          Noite chuvosa de novembro e só se ouvia o barulho tenebroso da tempestade destruindo tudo o que encontrava pela frente. De repente, a janela arrebentou num estrondo ensurdecedor e Sofia sentiu um frio na espinha como se seu corpo tivesse sido contaminado por um veneno que lhe imobilizava os movimentos e até a batida do seu coração.
                          Olhava para todas as direções, mas não tinha nada e nem ninguém. Sim, era apenas a força da natureza que somada à sua imaginação estava a lhe pregar peças. Tomou coragem e seguiu em direção à janela para fechá-la. Poderia ter simplesmente fechado o local por onde passava a corrente de ar, mas não resistiu e olhando para fora avistou ele, seu algoz, o homem que a trancara naquela torre.
                          Lá do alto ela conseguiu reconhecê-lo. Figura rústica, trajes pesados, cabelos encaracolados, olhar penetrante. Jamais o esqueceria. Não conseguia entender por que ele a havia trancado naquela torre, por que ele não gostava dela sendo que sempre tentou agradá-lo, sempre foi amável com ele.                    
                          Não era capaz de dizer a quanto tempo estava trancafiada naquele lugar. Era um quarto pequeno com cama, escrivaninha, pois ele sabia que adorava escrever, uma mesinha pequena para refeições, um banheiro pequeno e um guarda-roupas no qual continha vários vestidos idênticos ao usado por ela no último encontro. Todas as manhãs encontrava a mesa posta com as refeições do dia e um botão de rosa vermelha na escrivaninha. Nunca mais falou com ela, muito menos a deixou vê-lo novamente, mas sempre rondava a torre para garantir que ninguém a encontrasse.
                           Sofia já se acostumara com aquela situação, pois o tempo a fez acreditar que ele foi capaz de trancá-la alí, porque a amava. A situação em sí já não a incomodava mais, pois já se adaptara à rotina de esperar todas as noites para avistá-lo durante a ronda noturna e sentia que naquele momento ele era somente seu.
                           No entanto, um dia, ao acordar, percebeu que a mesa não estava posta, que o botão de rosa vermelha não estava em cima da escrivaninha, que o guarda-roupas estava vazio e, pior, que a porta da torre estava aberta. Sofia foi tomada por um sentimento de ódio e desespero profundo não entendia o que ele estava querendo lhe dizer, chorou por horas e prostou-se diante da janela aguardando o cair da noite. Mas a lua apareceu e ele não veio. Sofia se deitou na esperança de que ao acordar tudo teria voltado ao normal.
                            E por vários dias Sofia seguiu seu ritual de espera, mas ele não voltou. Já desprovida de forças devido à falta de alimentação se viu obrigada a sair dalí. Ouviu uma voz interior lhe dizendo que era preciso continuar, que tudo acabaria bem. Já não sabia diferenciar o que era real do que era delírio. Nesse momento, juntou o resto de forças que ainda que restavam e saiu por aquela porta que antes ele tinha fechado para que fosse somente dele, mas que agora deixava aberta para que prosseguisse sozinha.
                           Perdeu as contas de quantos degraus desceu, mas era como se a cada degrau seu amor por aquele homem fosse esvaindo-se. Quando chegou ao último degrau, se deparou com a luz do sol e sentiu a maresia tocando sua face. Derramou a última lágrima que não foi de dor e sim de epifania. Respirou fundo e foi ser feliz.

domingo, 6 de novembro de 2011

Novembro

                     Novembro chegou trazendo consigo uma penúltima chance para você não deixar seu ano passar em branco. Sim, você ainda pode virar o jogo a seu favor. Mas seu eu interior tão receoso e já tão combatido se pergunta: Meu Deus, ainda é possível?
                     E eis que surge lá bem no fundo de sua caixa preta de emoções uma voz gritando desesperadamente: Sim, há esperança, há uma chance, basta acreditar. E você começa a sentir os eflúvios invadirem seu corpo, sua alma, seus pensamentos. E como uma Fênix, você resurge da escuridão e alça um vôo revitalizante em direção à uma nova jornada.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Questionamentos

Dizem que o tempo voa
E quando estou a enlouquecer de tanta coisa por fazer eu me pergunto: Será?
Dizem que o tempo castiga
E quando me pego a examinar se meu corpo está a desmoronar eu me pergunto: Será?
Não cheguei à conclusão se o tempo voa ou castiga
Mas de uma coisa estou certa
Mil perguntas vivem a me atormentar