quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PETS

                        Sempre tive bichos e pra sorte deles nunca fui Felícia. Os animais sempre trazem alegria até quando comem a mobília. São fofos, brincalhões e, principalmente, arteiros. Dizem que os cães são o reflexo dos seus donos. É - isso explica o comportamento dos meus bichinhos. Lembro dos meus quatro cães – um foi oficialmente da minha irmã. Foram dois machos e duas fêmeas, de raças diferentes – um vira-lata – uma grande, um de porte médio e dois pequenos. Uns mais bravos, outros manhosos, uns amavam banho, outros abominavam água.
                        Além de cães tive peixes e claro tive alguns betas. Jamais pensei que fosse gostar tanto deles, mas nunca esquecerei como chorei quando o primeiro morreu e quanto dinheiro gastei com taxi tentando achar remédio para combater fungos no meu ciclídio. São bichos únicos que apesar de não poderem sair do aquário, podem brincar e se comunicar conosco do seu jeito todo especial.
                        Também tive uma ave silvestre que um tio maluco achou perdido na mata e me deu de presente. E acredite se puder, eu procurava lagartas pra dar a ela. Confesso que no começo era engraçado, mas não era nada fácil e muito menos prático gastar horas do meu dia procurando minhocas, lagartas ou afins. Não cheguei a dar um nome para ela ou ele – nunca soube o sexo e nem de que espécie era só lembro que parecia um tipo de pintinho desengonçado. Infelizmente não viveu por muitos dias e isso me deixou muito triste.
                        Seja tendo pêlos, penas ou escamas, meus animais foram muito amados e me deram muito amor também. Com eles experimentei um amor puro e verdadeiro, sem interesse, sem segundas intenções, simplesmente amor. Sempre me lembrarei deles, de suas artes, isso sem mencionar o sinal de mordida – claro que foi do cão da minha irmã.

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